Por Mano Santos
A Prefeitura de Caxias (MA), por meio da Consulplan, consultoria que atua na área de engenharia sanitária, apresentou na manhã desta quarta-feira (25), no auditório do Palácio da Cidade, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Território Timbira, que compreende os municípios de Caxias, São João do Sóter, Coelho Neto, Aldeias Altas e Duque Bacelar. O Seminário, com o tema “Tem Lixo Que Não é de Se Jogar Fora” envolveu ainda servidores das secretarias de Planejamento e Limpeza Pública.
Durante o evento, o consultor Waldemar Borges, auxiliado por uma equipe formada por Nivea Lyra e Adriana Longuinho, debateu com o público presente, os impactos do lixo no meio ambiente, mostrando a realidade sobre a problemática ambiental dos resíduos sólidos, além de divulgar relatório com base em estudos que vem sendo feitos, sobre o lixo no município de Caxias.
De acordo com os números apresentados pela Consulplan,. Atualmente a cidade de Caxias, com 118.534 habitantes somente na zona urbana (155.202 população total), produz em média 71.12 toneladas de lixo doméstico por dia.
Waldemar Borges argumentou durante o seminário que problema dos Resíduos Sólidos no município, poderia se transformado em renda para associações de catadores de lixo ou grupos que trabalham o mesmo tema. Para isso, bastaria que houvesse uma adesão maior, por parte de cada cidadão, em especial o setor do comércio, em fazer a partir de casa, a coleta seletiva.
“As pessoas não tem o hábito de após utilizas, sacolas, vidros, saquês, papelão e plástico, por exemplo, separá-los para uma futura reciclagem. Todo esse material é misturado ao lixo orgânico, o que dificulta a própria coleta e a separação desses objetos por parte dos catadores”, frisou Waldemar.
Ele apresentou um percentual aproximado, de quanto se desperdiça com o lixo reaproveitável jogado instantaneamente fora. Entre vidro, papel, papelão, plástico e alumínios que deveria ser reciclados, são jogados fora diariamente em Caxias algo em torno de R$ 13.376. O montante mensal chega à quantia de R$ 401.280 mil.
Segundo ele, todo esse dinheiro, poderia ser utilizado não apenas como geração de renda para grupos de catadores, mas também, seria uma verba suficiente para aos poucos, mecanizar a própria coleta seletiva, investindo em aparelhamento que facilitasse esse tipo de trabalho. “O que vimos aqui é a realidade não apenas em Caxias, mas, praticamente em todo o Brasil. As pessoas desperdiçam dinheiro ao momento que deixam de reciclar o lixo”, frisou a Secretaria de Planejamento Fátima Araújo.
Waldemar Borges explica que o primeiro passo para dar uma destinação correta ao lixo doméstico, é o fortalecimento das campanhas de conscientização sobre a necessidade de se fazer a coleta seletiva e a parceria do município com Cooperativas de Catadores.
O município de Caxias, assim como o Estado do Maranhão, terá até o ano de 2014 para se adaptar à lei que institui o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta a destinação final do lixo. Principais atores na execução da nova política, Estados e Municípios terão que instituir ou melhorar a coleta seletiva.
Entre as diretrizes do PNRS está a proibição do lançamento de resíduos sólidos em praias, rios e lagos, e de queimadas de lixo a céu aberto. “A PNRS incentiva também a reciclagem e compostagem, ou seja, a transformação do lixo em adubo, e proíbe a coleta de materiais recicláveis em lixões ou aterros sanitários”, Disse Adriana Longuinho.
Fotos 1 e 2 - Lixão na cidade de Caxias (MA). Fotos 3 e 4 - Artesanato produzido com materiais recicláveis (fotos de André Abreu) |
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