Agentes Comunitários de Saúde são orientados sobre prevenção a Hanseníase

Por Mano Santos

Agentes comunitários de saúde e profissionais da área participaram na manhã desta terça-feira (24) de uma palestra sobre prevenção e tratamento da Hanseníase. O seminário foi promovido pelo Núcleo Municipal de Educação em Saúde de Caxias (Nmes). O evento, ocorrido no auditório da Prefeitura de Caxias, foi em alusão ao Dia Mundial de luta contra a Hanseníase, que é comemorado sempre no último domingo do mês de janeiro.
A palestra teve como principal objetivo, atualizar o conhecimento dos Agentes Comunitários de Saúde da zona urbana do município, que trabalham diariamente com esta doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas próprias residências das famílias, quanto aos sinais, sintomas e o tratamento da hanseníase.
O Coordenador da Vigilância Epidemiológica de Caxias, Dr. Salomão Sobrinho, presente no evento, alertou sobre as dificuldades encontradas no município para a eliminação da doença, principalmente pelo índice de abandono ao tratamento e pelo diagnostico tardio.
"Apesar do avanço do tratamento e da tecnologia, percebemos que um grande preconceito da sociedade ainda existe para com os portadores de Hanseníase. Sabemos que essa doença, tem cura e não há motivos para esse  isolamento”, frisou Sobrinho..

Salomão Sobrinho

Professor José Ribeiro (NMES)



Saiba Mais
A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. Causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.
Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Diagnóstico
O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

Tratamento
O tratamento e distribuição de remédios são gratuitos e, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, em face do estigma que esta doença tem, não é necessário o isolamento do paciente. Aliás, a presença de amigos e familiares é fundamental para sua cura.
Durante este tempo, o hanseniano pode desenvolver suas atividades normais, sem restrições. Entretanto, reações adversas ao medicamento podem ocorrer e, nestes casos, é necessário buscar auxílio médico.


Com informações Repórter João Lopes (Noca)
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