Caxias: 175 anos de lutas e conquistas

*Mano Santos

5 de Julho de 1836. Uma Lei Provincial eleva a então Vila de Caxias à condição de cidade. Há exatos 175 anos. Nesses quase dois séculos muita coisa mudou; mas a bravura de um povo na cata por conquistas continua a mesma. Dos Guanarés, passando pelos Balaios, até os dias atuais, a terra de águas cristalinas, então afetuosamente titulada de “Princesa do Sertão Maranhense”, muito cooperou e continua a contribuir para o desenvolvimento do Maranhão e o avanço deste País, através de seus munícipes que outrora derramaram seu sangue e muitos sacrificaram suas vidas para acastelar este torrão.
A Caxias que antagonicamente enfrentou as forças da coroa portuguesa e de braço erguido disse não à condição de subjugado; dantes apaziguada, mas nunca vencida mesmo após a pacificação de Luis Alves de Lima e Silva, segue seu destino, assim como corre as águas do Rio Itapecuru, em busca de mares mais gigantes.
Cidade que foi o centro da Produção Algodoeira do País no XIX e que desde essa época já se observava uma localização privilegiada para o comércio; sendo rota de exportação da produção brasileira no eixo Norte e Nordeste, o que se repete até os dias atuais.
Caxias que foi e sempre continuará sendo o embrião pátrio da cultura, literatura e poesia. A cidade que viu nasceu e revelar imortais como Aluisio Azevedo, Téófilo Dias, Vespasiano Ramos e muitos outros em diversas áreas como Celso Antônio Silveira de Menezes, um dos mais importantes escultores do modernismo brasileiro. A Princesa do Sertão que inspirou o pai do Romantismo, Gonçalves Dias com sua ‘Canção do Exílio’, que fez surgir na reminiscência brilhante de Raimundo Teixeira Mendes a Frase “Ordem e Progresso”, a estampar o Pavilhão Nacional e que fez de Coelho Neto o Fundador da Academia Brasileira de Letras
O município que no início não passava de um Arraial, mas ao longo dos anos, cresceu, mudou de cara, panorama e hoje acolhe os caxienses natos e milhares de outros arraigados aqui; por opção de trabalho, família ou estudo. Caxias que sempre esteve ensartada na seara política. Vértice de lideranças que constituíram grandes obras para o País, a exemplo do saudoso Alexandre Costa e ainda os que nessa terra corroboram com firmeza no trato público, como Frederico Brandão (ex-deputado Federal pelo Estado de São Paulo), João Castelo (Prefeito de São Luís) e Edison Vidigal (ex-presidente do TJ).
Princesa do Sertão, que se orgulha de ter não apenas um, mas diversos motes turísticos a exemplo da Veneza, Reserva do Inhamum, Ruínas da Balaiada, Morro de Santo Antonio, Maria do Rosário, Ponte, Centro de Cultura e outros lugares que atraem diariamente milhares de turistas.
Caxias que se multiplicou e já deu cria aos municípios de Coelho Neto (antigo Curralinhos), Aldeias Altas e São João do Sóter, chega aos seus 185 anos mostrando elevação no seu PIB, fruto do crescimento da economia. Cidade que ganhou novos bairros, povoados e com 155.202 habitantes (IBGE 2010), é o quarto maior município do Estado em população. A cidade que não pára de crescer, assim como a aspiração de muitos caxienses, que aos poucos vão se concretizando, transformando a vida da comunidade e a própria comunidade.
Parabéns a esta Terra, parabéns a você que escolheu Caxias para morar, ou por obra do destino, foi escolhido para nascer neste município insigne por tudo que já foi elencado neste artigo.
Quiçá os Sabiás, as Andorinhas e todas as aves que aqui gorjeiam continuem a cantar nas plácidas ruas, avenidas e vielas, principalmente na nossa abundante floresta de palmeiras de babaçu.
Parabéns Caxias pelos seus 175 anos de fundação.  


Mano Santos - jornalista, cronista esportivo, professor, designer gráfico e assessor de comunicação.
Obs: A elevação de Caxias à condição de cidade ocorre em 5 de julho de 1826, mas, a data comemorada como aniversário é 1º de agosto, quando o município completa 188 anos de adesão à Independência do Brasil, fato ocorrido em 1823.
* As fotos que ilustram esse artigo foram retiradas da internet







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