Extinção de Secretaria de Esportes na gestão Fábio Gentil frustra desportistas caxienses

O anúncio da extinção da Secretaria de Esportes na gestão do prefeito eleito Fábio Gentil (PRB), a partir de janeiro, deixou os desportistas frustrados. A atual SEMELJ (Esporte e Juventude), foi incorporada à Secretaria de Cultura e passam a ser apenas coordenações.

O motivo da reforma administrativa que também extinguiu outras secretarias para a próxima gesta municipal, seria a contenção de gastos, principalmente de primeiro e segundo escalão, como forma de economia para os cofres públicos. 

Mas, não é isso o que pensa quem realmente respira o desporto.

Se para o prefeito republicano brasileiro o esporte pode ser relegado a segundo plano, o que dirá os mais de 160 mil habitantes de Caxias, onde mais de um terço pratica diariamente uma atividade física/esportiva.

Como justificar essa extinção da Secretaria de Esportes aos cerca de 90 times de futebol amador, aos mais de 2 dois mil atletas-estudantis, que anualmente sonham em disputar os Jogos Escolares em Caxias e consequentemente do Estado.

Como convencer os garotos com idade entre 7 a 14 anos que integram as mais de 20 escolinhas de futebol e de outras modalidades, que tem no esporte um complemento educacional e ferramenta de inclusão social.

Como uma coordenação vail garantir subsídios para que atletas destacados em Caxias, a exemplo de Larisse Sousa, Josimar Silva, Heleno, Cleudilene e outros maratonistas e corredores de rua tenham suporte para disputar competições dentro e fora do município.

Extinguir a Secretaria de Esportes não e simples assim.

É deixar a deriva o futuro de academias de Muay Thai, Jiu-Jitzu, Karatê, os meninos da capoeira e a galera dos radicais como motocross, skate, bicicros dentre outros.

O pessoal lá da zona rural, que todas as tardes bate uma bolinha e aguardam ansiosos pelos finais de semana para disputar competições, também não vão entender esse medida, assim como os nossos paratletas.

Tênis de mesa, futsal, beach soccer, xadrez, badminton, todos ficarão órfãos.

Sem esquecer que a municipalidade tem ainda que revitalizar e preservar dezenas de miniestádios na sede e zona rural, os vários ginásio poliesportivos, incluindo os construídos dentro de unidades de ensino, as academias ao ar livre, os campos de várzea, uma pista de atletismo e o majestoso ginásio João Castelo.

E o que fazer com projetos e programas como o Educando com a Bola Toda, Bolsa Atleta, Brasil Olímpico?

Não esqueçamos que Caxias tem hoje um “elefante branco”, encravado no residencial Ipem, que é o Estádio Duque de Caxias, apesar de não ser municipalizado, o principal estádio de futebol da região sofre de paralisia competitiva, ou seja, a única coisa que acontece por lá, são os jogos entre amigos, que o próprio Fábio Gentil participa e nada de competição oficial, sem esquecer que o município vergonhosamente não tem um único representante no Estadual de Futebol, coisa que cidades de menor porte ostenta. Uma única coordenação vai dar contar de colocar tudo isso para funcionar?

A frustração dos desportistas é maior ainda, ao lembrar que Fábio Gentil é um desportista nato, boleiro de finais de semana e alguns vereadores que estarão em sua base aliada, também obtiveram votação com promessas de dar uma maior atenção ao desporto local.

Com a extinção da Secretaria de Esportes, transformada apenas em coordenação, o desporto tende a sucumbir de forma mais acelerada até o ponto de padecer na “Terra das Palmeiras, Onde Canta(va), o Sabiá”

Mano Santos
MTE: 0001419
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