Agricultores familiares têm acesso a água para produção por meio do Programa Mais Cisternas

Os agricultores familiares do Maranhão começam a escrever uma nova história de oportunidades. Políticas especificas para implantar mecanismos de acesso à água para produção já é uma realidade no Estado. Dez famílias do Povoado São Raimundo do Assentamento Babilônia do município de Buriticupu, receberam na terça-feira (20), as primeiras cisternas do Programa Cisterna Segunda Água, que permite à família beneficiada produzir o ano inteiro mesmo no período de estiagem. Só para o município de Buriticupu serão beneficiadas 103 famílias. O Programa que tem investimos de R$ 40 milhões prevê a instalação de 4.067 cisterna telhadão multiuso no Maranhão.

Nesta primeira etapa estão sendo beneficiadas 2.034 famílias, que além da construção das cisternas, os beneficiários recebem fomento para a implantação dos arranjos produtivos com o objetivo de alcançar a plena eficácia do programa. 

“Esse é um programa federal que já atendia todo o país, mas ainda não havia chegado ao Maranhão. No passado o montante de R$ 40 milhões, destinado a esse projeto foi devolvido em decorrência da falta de ajustamento entre o pleito e a realidade existente no Maranhão. A equipe da SAF uniu esforços para trazer o Programa ao Estado com o intuito de oferecer dignidade e qualidade de vida ao nosso agricultor familiar”, realçou Adelmo Soares, secretário de Estado da Agricultura Familiar- SAF.

Dos 16 municípios que serão beneficiados com o Programa Cisternas – Segunda Água, oito estão inseridos no Plano de Ações ‘Mais IDH. Serão beneficiados: Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Marajá do Sena, Belágua, Santana do Maranhão, São Benedito do Rio Preto, Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Paulino Neves, Amarante do Maranhão, Arame, Buriticupu, Nina Rodrigues, Presidente Vargas e Cachoeira Grande.

Para o governador Flávio Dino, os programas de apoio à agricultura familiar existentes hoje, no Maranhão, são essenciais para construção de um estado justo e de economia forte. “As vezes quando se fala em agricultura familiar se fala apenas em dimensão social. Além disso, da inclusão, da distribuição de renda, da justiça social, nós estamos falando de uma atividade econômica que é rigorosamente fundamental para o maranhão, para a produção de alimentos, para as cidades, e também para que haja um mercado de consumo de massas no nosso estado”, explicou.




Como funciona? – As águas pluviais são coletadas do telhadão por meio de calhas e armazenadas em cisternas de placas pré - moldadas de concreto, com capacidade de 25 mil litros, que constitui um reservatório cilindro e coberto. O reservatório, fechado, é protegido da evaporação, das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas enxurradas.

No caráter produtivo, proporciona autonomia no consumo e para geração de renda com a comercialização do excedente em feiras locais ou nos programas de compras institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). As famílias de Buriticupu estão investindo na criação de aves, porcos e horticultura.

As cisternas são soluções inovadoras e que valoriza o conhecimento do povo das comunidades beneficiárias porque são construídas com a participação das comunidades locais. Para o município de Buriticupu, por exemplo, seis homens da comunidade foram capacitados para construir as cisternas do município (chamados de cisterneiros). Cada um recebe mais de R$ 800,00 reais para construir uma cisterna que leva cerca de quatro dias para ficar concluída.

Estavam presentes na entrega das cisternas, a secretária adjunta de Extrativismo, Povos e comunidades Tradicionais da SAF, Luciene Dias Figueiredo, secretário Adjunto de Comercialização e Organização Produtiva da SAF Francisco Sales, Superintendente de Reordenamento Agrário da SAF, Valdinar Barros, prefeito de Buriticupu José Gomes, presidente do Instituto Nacional de Administração, Projetos e Estudos Municipais INAPEM, Francinete Oliveira, coordenador do programa Cisterna, Rivadavia Santos Júnior.

Assessoria de Comunicação - SAF com edição do Capital do Leste
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