Ruas de Caxias (MA) são tomadas pelo Exército Nacional

Por Mano Santos

As greves dos policiais militares e bombeiros militares, deflagrada à uma semana e mais recentemente a paralisação dos policias civis no estado do Maranhão, tem provocado sentimento de medo, revolta e preocupação por parta dos maranhenses. Em Caxias (MA), cidade com mais de 155 mil habitantes, amanheceu esta terça-feira (29) com cenas até bem pouco tempo inimagináveis por muitas pessoas; a presença ostensiva do Exército Brasileiro, que tomou as ruas da Princesa do Sertão, para tentar garantir a aparente tranqüilidade que todos esperam.      
No total são 40 soldados do 25°Batalhão do Exercito sediado em Teresina (PI) que foram deslocados para Caxias. Empunhando armas de grosso calibre, os soldados devem ficar na cidade por tempo indeterminado. A medida foi adotada pelo Governo do Estado do Maranhão.
Perplexos com a situação de insegurança, os caxienses já não se sentem seguros nem mesmo dentro de suas próprias casas. O Exército Nacional esta atuando principalmente no centro comercial do município, onde o fluxo de pessoas é bem maior. Os soldados também estão parando toda pessoa que pareça “suspeita” para averiguações
Órgão de segurança e preservação Patrimonial de Caxias, como a Guarda Municipal também continua na ativa. Já os policiais militares, lotados no 2º Batalhão no município, estão aquartelados dentro do quartel de Policia Militar, onde apesar do movimento paredista, os PM’s continuam indo todos os dias e os trabalhos internos não pararam.
Desde que se iniciou a greve dos policias e bombeiros militares, o número de roubos e furtos triplicou na cidade. Pelo menos três homicídios também foram registrados no mesmo período. Assaltos são mais comuns nas saídas de bancos e supermercados. O alvo principal dos bandidos são as motocicletas, veículos também muito utilizados nas ações dos marginais.
Esta semana, o prefeito de Caxias, Dr. Humberto Coutinho e a deputada Cleide Coutinho, estiveram reunidos com o comando do 2º BPM. A parlamentar ratificou o apoio às reivindicações dos oficiais e reforçou que irá interlocutar junto ao Governo do Estado, para tentar solucionar o problema mais breve possível.
Os grevistas reivindicam melhores condições de trabalho, reestruturação do plano de carreiras e reposição salarial de 30%. Eles estão aquartelados nos batalhões das principais cidades do Estado e também na sede da Assembléia Legislativa do Maranhão desde o dia 23. De acordo com o comando de greve, o Governo do Estado continua intransigente e não aceitou conversar com os lideres do movimento, além de ameaçar cortar ponto, descontar em folha salarial e até expulsar os praças envolvidos na greve.
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