Guarda Municipal em Caxias decide por indicação direta para novo comando


A possibilidade de conhecer o novo comandante da Guarda Civil Municipal em Caxias através de uma lista tríplice, não vai mais ocorrer. Depois da reunião na segunda-feira (5), com o prefeito eleito Fábio Gentil (PRB), quando essa ideia foi cogitada, integrantes da corporação destoaram e preferiram por uma indicação direta pós eleição, que vai ocorrer nesta sexta-feira (9).

O novo comando sairá de um pleito com voto secreto, que ocorrerá entre às 8h às 17h, na própria sede da GCM. Cinco profissionais da ativa se habilitaram em concorrer: Inspetores Vilanova, André e Roseane, Subinspetores Saulo e Nonato.

Para chegar ao consenso, sobre o rito de escolha do Comando da instituição, os guardas municipais estiveram reunidos a manhã de ontem (7), numa assembleia conturbada, onde alguns integrantes mostraram interesses oportunos e sobrou até para a imprensa que foi talhada por comentários maldosos de profissionais que deveriam estreitar a relação com a mídia. 

Quando a categoria estava em atrito com o Executivo e deflagrou greve no final de 2013, foi através da impressa que o movimento ganhou força e só esfriuou porque houve desinteresse de alguns líderes.

O número de 5 concorrentes ao cargo de Comando da GCM em Caxias, ou seja, perto de 5% dos 109 guardas da ativa, mostra um racha na corporação, que já foi palco de entraves burocráticos e hierárquicos, principalmente na gestão do ex-comandante Silvínio Rocha.

A ideia de escolher o Comandante por meio de uma lista tríplice, cogitada na reunião pelo prefeito eleito Fábio Gentil, foi a forma escolhida pelo novo gestor para saber dosar liderança e flexibilidade na instituição, além claro, de indicar um comando que seguisse a cartilha do Executivo, se precavendo de futuras ‘dores de cabeça’. No entanto, a categoria entendeu que esta não seria uma forma democrática e decidiu pela eleição direta.

Não ficou bem claro quem vai indicar o subcomandante, se a categoria ou o próximo gestor municipal. A certeza é que a nova chefia terá que diferenciar a importância da função que vai ocupar e o coleguismo que no momento predomina, uma vez que o indicado passará de comandado para comandante.

Entre outras preocupações imediatas, o novo comando precisa implementar um código de disciplina dentro da corporação, pôr fim a síndrome do privilégio, muito comum nas repartições públicas e motivo de discórdia entre os GCM’s, dialogando com a categoria para restabelecer o próprio sindicato, que desde o fim do último movimento paredista entrou numa inércia representativa.


Mano Santos
MTE: 0001419



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